A frase que mais ouço de bocas distintas é: “O que tiver que ser, será”. Eu sei disso, mas mesmo assim desperdiço uma quantidade enorme de energia tentando prever a parte do “será”. Talvez apego, talvez necessidade de controle. Não sei.
No filme “Meia-noite em Paris”, o protagonista passa pela mesma situação: vive a nostalgia dos anos 20 e aprecia Paris nos dias de chuva. A mensagem do filme é aquela já conhecida de muitos: o importante é viver o presente e quem está na chuva é pra se molhar...
Num encontro, ao acaso, com meu amigo Dan Porto, ele, sensível e perspicaz, cita Fernando Pessoa: “Tudo que chega, chega sempre por uma razão”, e acrescentou “e tudo que se vai também”.
Quando vou deixar de andar de costas e desperdiçar energia, não sei. Mas nunca tive medo de me molhar... No meio de tantas previsões, esperançosas e catastróficas, 2012 reserva algo à turma dos andantes de costas. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é já dizia Caetano, e eu acrescento “e da angústia de um será”. E pra não perder o costume: O que tiver que ser... Será. Feliz 2012!
Um comentário:
Feliz 2012 pra você também.
Adorei o post *-*
beijos
bom final de semana.
Amy
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