Participei de uma oficina de “Estudos Poiéticos” (ênfase em pintura), ministrada pela professora Sandra Richter, na Unisc. Foram quatro encontros com o tema “árvore”. Momentos em que voltamos à infância, treinamos novas formas de olhar, de ler e criar uma realidade. A pintura como arte lúdica. O pintar só pelo prazer de pintar, e descobrir o traçado, a cor e se descobrir. Brincamos de criar imagens a partir de um borrão de tinta, trabalhar a materialidade e se expor numa folha em branco. Isso causou certo temor de início, mas depois me deixei levar e achei uma delícia trabalhar com os pastéis e com a tinta... Embarcamos
tanto na viagem que às vezes era necessário chamar nossa atenção para o momento de parar. Sim, para tudo na vida há medida, como tempero na comida. “A imagem pede”, dizia Sandra. Sim, a imagem fala, e pede mais cor, mais empenho... Pede pra parar também. A programação era para três encontros, sendo que no último a proposta era a construção de um painel coletivo. Não aconteceu assim, pois projeto, como aprendi no curso de Mídias na Educação, é incompletude (adorei essa palavra e se aplica bem aqui). Acho que ainda não estávamos maduros para uma obra coletiva. Ainda precisávamos de mais um tempo para nossa jornada investigativa dos materiais e das cores... Mais uma árvore... Mais uma floresta... Só no quarto encontro a idéia do mural fluiu. A proposta era basear nossa criação na “Árvore da Vida”, de Klimt. De início, receosos, pensamos que não íamos conseguir, mas a coisa fluiu muito bem. Várias pessoas trabalhando no mesmo pedaço de papel, se mostrando através do traço, e respeitando o outro. Complementando o outro. O tipo de magia que só a arte consegue. Cada um dava sua pincelada, mas no final não havia como identificar qual pincelada era de quem. A obra criou corpo e vida próprios... E tudo nasceu das nossas circunstâncias, como bem diria Ortega (filósofo espanhol), “eu sou eu mais as nossas circunstâncias”.
tanto na viagem que às vezes era necessário chamar nossa atenção para o momento de parar. Sim, para tudo na vida há medida, como tempero na comida. “A imagem pede”, dizia Sandra. Sim, a imagem fala, e pede mais cor, mais empenho... Pede pra parar também. A programação era para três encontros, sendo que no último a proposta era a construção de um painel coletivo. Não aconteceu assim, pois projeto, como aprendi no curso de Mídias na Educação, é incompletude (adorei essa palavra e se aplica bem aqui). Acho que ainda não estávamos maduros para uma obra coletiva. Ainda precisávamos de mais um tempo para nossa jornada investigativa dos materiais e das cores... Mais uma árvore... Mais uma floresta... Só no quarto encontro a idéia do mural fluiu. A proposta era basear nossa criação na “Árvore da Vida”, de Klimt. De início, receosos, pensamos que não íamos conseguir, mas a coisa fluiu muito bem. Várias pessoas trabalhando no mesmo pedaço de papel, se mostrando através do traço, e respeitando o outro. Complementando o outro. O tipo de magia que só a arte consegue. Cada um dava sua pincelada, mas no final não havia como identificar qual pincelada era de quem. A obra criou corpo e vida próprios... E tudo nasceu das nossas circunstâncias, como bem diria Ortega (filósofo espanhol), “eu sou eu mais as nossas circunstâncias”.
Agradecimento especial para o amigo Paulinho que noticiou a oficina e à professora Sandra e demais colegas pelas horas agradáveis que passei “brincando” de artista.
Compartilho, abaixo, a imagem da obra que serviu de inspiração para nosso mural coletivo, as minhas criações durante a oficina e uma breve inspiração poética sobre essa experiência.
Quando o borrão de tinta toma forma.
Quando a mão perde o medo,
e o pincel se deixa levar pela criança interior.
A alma se liberta e voa... E cria...
E é criando que me faço.
E é construindo-me que crio meu mundo.
E tudo vira cor... E tudo tem vida!
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