10 de jul. de 2008

Livramento está encolhendo...

Minha cidade natal foi mencionada no noticiário do estado. É um dos municípios que segundo o IBGE encolheram! Oito por cento de encolhimento. Mas que material é feita essa Livramento, tchê?! Nem tem do que duvidar... Não é novidade nenhuma que tem uma filial de Livramento em Caxias. E isso já faz tempo. Dizem uns até, que certa vez o prefeito chegou a mandar uma correspondência pra Livramento, pedindo que não incentivasse a mudança pra cidade. Eu mesma, uma vez pensei em ir pra lá. Mas filial de Livramento não é só privilégio de Caxias. Tem em Porto Alegre... Já se forma uma em Florianópolis... Até em Santa Cruz já tem um número considerável. Vai acabar se cumprindo as previsões de alguns que dizem que a cidade se transformará numa cidade de aposentados. Os mais jovens que ainda não criaram raízes e têm coragem de se aventurar, cultuam a idéia de ir embora. E sempre tem quem grite: - O último a sair apaga a luz! E o triste é que entra governo, sai governo e a coisa não muda. Aí tem sempre quem lembre de uma tal praga que um tal padre teria jogado sobre a cidade. Quanta história! A minha singela opinião é que a cidade insiste num modelo que já se viu que não dá mais certo por lá. Insistem em reativar os frigoríficos... Ficam em volta dessa idéia como mosca em tampa de xarope. Gastam uma energia tamanha, reabrem e vai a falência de novo. Pelo amor de Deus, alguém pense em outra coisa! A cidade tem duas unidades universitárias (UERGS e Unipampa) e não vejo grande empenho na defesa dessas. Sorte que tem Rivera... Nunca pensei que fosse dizer ou escrever isso um dia (hehehe), mas é verdade. Mais que cidades irmãs... São xifópagas, se uma vai bem leva a outra junto. Por mais que a gente goste e sinta saudade, não há como negar que algo vai muito mal. Não é de hoje. Faz tempo que é a cidade do “Já tinha”. Tinha um cinema... Um não, dois. Tinha um frigorífico. Tinha uma cooperativa. Tinha lojas com tradição. O orgulho da cidade ainda é a água, as vinícolas, a tradição e o estilo fronteiriço que só quem nasceu nesse chão reconhece. Todos que saem da terrinha, notam com certeza que nosso povo é diferente. Isso é bom, cria personalidade. Falamos diferente, comemos diferente, só temos que começar a pensar diferente. Espero que um dia melhore. Que assim seja!

LINK PARA REPORTAGEM DO NOTICIÁRIO